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Uma empresa (chamada de cedente) vende um produto ou serviço a prazo. Com isso, ela passa a ter um "direito creditório", ou seja, o direito de receber um pagamento em uma data futura. Exemplos: uma construtora que vende apartamentos parcelados, uma loja que vende em carnês, uma universidade com mensalidades a receber, um produtor rural que vendeu sua safra com pagamento futuro, ou o autor de uma demanda judicial que não pretende aguardar o tempo do processo.

A empresa cedente, precisando de dinheiro imediatamente (liquidez) para investir, pagar fornecedores ou financiar suas operações, vende esses direitos creditórios para uma securitizadora. Ela recebe o valor à vista, geralmente com um pequeno deságio (desconto).

Esses créditos adquiridos servirão como lastro (garantia) para emissão de novos títulos, que poderão ser comercializados com investidores.